terça-feira, 19 de junho de 2012

A música clássica na visão social


Frequentemente tida como opulenta, ou representante da sociedade refinada, a música clássica geralmente nunca foi popular com a sociedade proletária. No entanto, a tradicional percepção de que apenas as classes mais abastadas têm acesso e apreciam a música clássica, ou até mesmo que a música clássica representa esta sociedade de classes altas, é cada vez mais vista como incorreta, visto que diversos dos músicos clássicos em atividade têm origem na classe média e que os frequentadores de concertos e compradores de CDs do gênero não pertencem necessariamente às classes mais altas. Até mesmo no período clássico, as óperas bufas de Mozart, como Così fan tutte, eram popular entre as camadas mais comuns da sociedade.
A música clássica é também frequentemente retratada na cultura pop como música de fundo para filmes, programas de televisão e anúncios publicitários; como resultado disto, a maior parte das pessoas no Ocidente regularmente - muitas vezes de maneira desavisada - escuta peças de música clássica. Pode-se, assim, argumentar que os níveis relativamente baixos de vendagem das gravações de música clássica não são um bom indicador de sua popularidade real. Em tempos mais recentes a associação de certas peças clássicas com alguns eventos relevantes levou a breves aumentos no interesse por determinados gêneros clássicos. Um bom exemplo disto foi a escolha da ária "Nessun dorma", da ópera Turandot, de Giacomo Puccini, como música-tema da Copa do Mundo de 1990, o que levou a um notável aumento no interesse popular pela ópera e, em particular, pelas árias cantadas por tenores, o que eventualmente levou aos concertos e álbuns de grande sucesso dos Três Tenores.

Curiosidades sobre Beethoven

De olhos bem abertos

Em 1825, já completamente surdo, Beethoven foi assistir a um ensaio fechado de um grupo que iria executar o seu Quarteto em mi bemol maiorop. 127. Um dos violinistas, Joseph Böhm, registrou o episódio: "O infeliz estava tão surdo que não podia ouvir o som celestial das suas próprias composições". Para espanto de todos, porém, Beethoven chamou a atenção do grupo para os menores erros de execução. "Seus olhos seguiam os arcos, e assim ele era capaz de notar as menores flutuações no tempo ou no ritmo, e corrigi-las na hora", anotou Böhn.

Curiosidades sobre musica Clássica

Papel da música Erudita na Educação 


Ao longo da história da civilização ocidental , as famílias mais abastadas tinham frequentemente a preocupação de que os seus filhos fossem instruídos na música erudita desde cedo. Uma aprendizagem precoce de interpretação musical abre caminho a estudos mais sérios em idades mais avançadas. É quase impossível aprender a tocar, a um nível profissional, alguns instrumentos, como o violino , se não for desde tenra idade. Outros pais querem que os filhos aprendam música por razões de estatuto social (as meninas aprendiam a tocar piano, no século XIX - o que fazia, quase, parte do dote) ou para incutir auto-disciplina. Existem estudos que parecem comprovar uma melhoria no rendimento académico das crianças que aprendem música. Outros consideram que conhecer as grandes obras da música erudita é uma obrigação cultural, fazendo parte da chamada cultura geral  mais ou menos elevada, mas geralmente valorizada em termos sociais.
Diversos compositores eruditos apresentaram abordagens para a educação musical. O alemão Carl Orff propôs o instrumental Orff, um método para que crianças pudessem aprender música. Tal método usa formas rudimentares de atividades diárias para jovens, como cantar em grupo, praticar rimas e tocar instrumentos de percussão. É baseado amplamente na improvisação e em construções tonais originais para que a pessoa ganhe confiança e interesse no processo de pensar criativamente.

            
                                                         
                         

Ensaios!

A atmosfera dos concertos

Para nós, hoje acostumados com uma atmosfera solene e silenciosa nos concertos, é difícil acreditar que nos teatros italianos dos séculos XVII e XVIII, a plateia assistia às óperas e concertos em verdadeiro caos, conversando, se provocando e até mesmo jantando durante as apresentações! Toda a confusão apenas parava quando o grande solista da noite se apresentava, como, na época dos Castrati, acontecia quando um grande nome como Cafarelli ou Farinelli apresentava uma de suas grandes árias do repertório.
Outra característica do público erudito é a exigência que se tem com relação aos intérpretes - podendo ser até vaiados em apresentações - mas também a devoção que demonstram àqueles que não carecem de qualidade - numerosos são os "Bravíssimos!" a estes artistas.
A atmosfera do concerto sempre estará intimamente ligada à natureza da música apresentada - talvez seja leve como uma comédia de Rossini ou tensa como as aventuras do Peer Gynt de Edward Grieg. O público erudito, como qualquer público de qualquer estilo de música, liga muito seus sentimentos àquilo que escuta.
Hoje também se tem um contato menos frio do artista-público. Hoje é comum o maestro ou o solista se dirigirem à sua plateia, do mesmo jeito que perdeu-se o costume de usar traje social nestes concertos - estas atitudes tem, como principal objetivo, fazer com que a população toda volte a ter mais contato com a música erudita e perca o preconceito de que a música erudita seja "chata" ou para ricos.
E cada vez mais frequentemente, surgem os espetáculos que pretendem desmitificar esse lado "snob". Os concertos Promenade, na Inglaterra; a Folle Journée na França (em Nantes); a "Festa da Música" em Portugal, no Centro Cultural de Belém, são iniciativas que marcam a democratização de um gênero musical que faz, sem dúvida, parte do patrimônio cultural da humanidade.

Instrumentos

Piano









Violino









Harpa


















Violoncelo

















Flauta












Oboé












Clarinete













Trompete













Tuba















Trombone











Fagote














Batuta

domingo, 17 de junho de 2012

A influência da Música Clássica no cinema

A Música Clássica tem um poder sobre o cinema que, provavelmente, um leigo, com ouvido menos atento nem ao menos se dê coonta, mas as músicas clássicas são capazes de fazer com que determinadas cenas ou mesmo filmes não se apagem jamais de nossa memória.
Veja algumas músicas clássicas marcantes no cinema:
Tchaikovsky e Beethoven - Fantasia (1940)
Um ambicioso projeto no qual Walt Disney, objetivando popularizar os clássicos, combinou desenho animado a composições de Tchaikovsky ("O Quebra-Nozes"), Beethoven ("Sinfonia Pastoral") e outros mestres. O filme e a escolha das músicas não agradou a todos, mas possui cenas que unem os pontos altos da música e da imagem no cinema.
George Gershwin - Fantasia (2000)
O remake inclui ótimas passagens, como o da história nova-iorquina contada ao som da "Rhapsody in Blue" de George Gershwin.
Brahms - O Grande Ditador (The Great Dictador, 1940)
Charles Chaplin foi um mestre na utilização da música. Foi com uma peça erudita que Chaplin produziu um dos melhores momentos do filme, sátira a Hitler na qual interpreta o ditador Aldenoid Hynkel e seu sósia, um barbeiro judeu. Umas das cenas mais marcantes é a que ele barbeira um cliente no ritmo da "Dança Húngara nº5" de Brahms.
Rachmaninov - Desencanto (Brief Encounter, 1945)
Desencanto é um dos mais famosos exemplos da utilização de Música Clássica no cinema. Baseado numa peça de Noel Coward e com direção de David Lean, narra o romance proibido entre a dona da casa Laura (Celia Johnson) e o médico Alec (Trevor Howard), ambos casados. Uma história simples que, musicada com o inesquecível "Concerto para Piano nº2" de Rachmaninov, resultou num dos maiores classicos do ciname britânico, tendo sido eleito pelo British Film Intsitute o segundo melhor filme ingês de todos os tempos.
Bach - Dedos da Morte (1947)
O filme ampliou a associação de Bach com o cinema de terror, já que sua "Tocata e Fuga para Órgão" foi usada em filmes do gênero (a primeiro versão sonora de O Médico e o Monstro, por exemplo). Por sugestão do roteirista Curt Siodmak, Max Steiner utilizou como tema principal de sua trilha a "Chacona da Partita nº2 para Violino" do célebre compositor alemão, em um sisnistro arranjo orquestral.
Chopin - Melodia Imortal (The Eddy Duchin Story, 1956)
Biografia do pianista e bandleader Eddy Dunchin (Tyrone Power), cuja tragetória foi marcada por sucesso profissional mas também por tragédias pessoais, tendo morrido de leucemia aos 40 anos. O filme, que tem Kim Novak no papel de sua esposa, possuiu alguns ótimos momentos musicais, incluindo uma apresentação de "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, e a emocionante cena final, quando Dunchin, já ciente da doença, toca em dueto com o filho o belíssimo "Noturno em Mi Bemol" de Chopin.
Richard Straus, Johann Strauss Jr - 2001 - Uma Odissséria no Espaço (1968)
Este é provavelmente o mais brilhante uso da Música Clássica no cinema, o diretor Stanley Kubrick optou por obras erudidas parra musicar este marrco da ficção científica. Destaque para a utilização de "Assim Falou Zarathustra" (Richard Strauss), e a cena na qual uma estração espacial passeia pelo univeso ao som da valsa "Danúbio Azul" (Johann Strauss Jr), é "um dos mais belos momentos de toda a história das artes audiovisuais", segundo o maestro Júlio Medaglia.

domingo, 3 de junho de 2012

História da Música Clássica

Quando ouvimos uma música executada por uma orquestra o termo Música Clássica é empregado em dois sentidos diferentes. As pessoas às vezes, usam a expressão ‘música clássica’ considerando toda a música dividida em duas grandes partes: "clássica" e "popular".Para o estudioso ou musicólogo, entretanto, "Música Clássica" tem sentido especial e preciso: é a música composta entre 1750 e 1810, que inclui a música de Haydn, Mozart, Beethoven e outros. As composições de outros autores, não podem ser consideradas clássicas. Ouvir Bach ou Vivaldi significa dizer que estamos ouvindo música barroca, se referirmos a Chopin, Verdi ou Wagner estaremos ouvindo música do período romântico. Se quisermos generalizar, pudemos dizer que gostamos de música Erudita.A música Erudita em todos os seus períodos tende a levar o sujeito ao equilíbrio, pois, uma onda sonora causa mudanças na pressão do ar na medida em que se move através dele. Desta forma, quando os temas musicais fluentes, diminuem a velocidade da pulsação do coração e da respiração, você mergulha em um mundo de harmonia que lhe transmite paz, tranquilidade e relaxamento. A Música Clássica mostra-se refinada e elegante e tende a ser mais leve, menos complicada que a Romântica e seguintes. Os compositores procuraram realçar a beleza e a graça das melodias. Durante o Período Clássico, a música instrumental passou a ter maior importância que a vocal. Nesta época criou-se a Sonata. É uma obra com vários movimentos para um ou mais instrumentos.

Os principais compositores da Música Clássica

Uma "lista" com alguns dos principais compositores da Música Clássica, e suas grandes obras.

Vivaldi- Há divergências sobre o número exato de concertos compostos por Vivaldi. Algumas publicações contam 550 concertos compostos por ele. Em outras publicações, citam-se 477 concertos e outros ainda 456. Seus concertos mais conhecidos e divulgados são Le quattro stagioni (As quatro estações).

Sebastian Bach- Sebastian Bach foi deveras influenciado por Vivaldi. Bach transcreveu alguns dos concertos de Vivaldi para o  cravo, bem como alguns para orquestra, incluindo o famoso Concerto para Quatro Violinos e Violoncelo, Cordas e Baixo Contínuo. Bach foi um dos mais prolíficos compositores do ocidente. Algumas de suas composições são Christ lag in Todesbanden, Ein feste Burg, Herz und Mund und Tat und Leben, Ária na corda Sol, Ária na 4ª Corda.

Tchaikovsky- Foi um compositor russo. Desde cedo Tchaikovsky interessou-se por música. Ele compôs: Concertos, Óperas, Balés, Sinfonias, Aberturas e outras obras para orquestra; Suites, Música de Câmera, peças para piano e também para corais. Destacam-se O lago dos cisnes, O quebra-nozes, entre outras.

Chopin- Toda a obra existente de Chopin inclui o piano assumindo algum papel (predominantemente como um instrumento solo), e suas composições são amplamente consideradas como repertório essencial para este instrumento. Na maioria das vezes sua música é tecnicamente exigente, mas seu estilo, no geral, enfatiza mais a dança e a profundidade expressiva do que o virtuosismo técnico. Algumas de suas obras mais conhecidas são Revolucionária e Valsa do minuto.
Montagem de grandes compositores de música clássica. Da esquerda para a direita:
Topo - Antonio Vivaldi, Johann Sebastian Bach, George Frideric Handel, Wolfgang Amadeus Mozart, Ludwig van Beethoven;
segunda fila - Gioachino Rossini, Felix Mendelssohn, Frédéric Chopin, Richard Wagner, Giuseppe Verdi;
terceira fila - Johann Strauss II, Johannes Brahms, Georges Bizet, Pyotr Ilyich Tchaikovsky, Antonín Dvořák;
Fila de baixo - Edvard Grieg, Edward Elgar, Sergei Rachmaninoff, George Gershwin, Aram Khachaturian

Ballet

Ballet é o nome dado a um estilo de dança que se originou nas cortes da Itália renascentista durante o século XV, e que se desenvolveu ainda mais na Inglaterra, Rússia e França como uma forma de dança de concerto.
O balé é um tipo de dança influente a nível mundial que possui uma forma altamente técnica e um vocabulário próprio. Este gênero de dança é muito difícil de dominar e requer muita prática.
Os princípios básicos do balé são : postura ereta ; uso do en dehors (rotação externa dos membros inferiores), movimentos circulares dos membros superiores, verticalidade corporal, disciplina, leveza, harmonia e simetria.
O Ballet Clássico surgiu numa época de intrigas entre os Ballets Russo e Italiano, que disputavam o título de melhor técnica do mundo. Sua principal função era expremer ao máximo a habilidade técnica dos bailarinos e bailarinas e o virtuosismo que os passos de ballet poderiam mostrar e encantar toda a platéia.
Esses Ballets também se preocupavam em contar histórias que se transformaram basicamente em contos de fadas. Nestes Ballets procura-se sempre incorporar seqüências complicadas de passos, giros e movimentos que se adaptem com a história e façam um conjunto perfeito.
No Ballet Clássico a roupa mais comumente usada eram os tutus pratos, aquelas sainhas finas de tule, marca característica da bailarina, pois permitiam que as pernas da bailarina fossem vistas e assim ficasse mais fácil verificar se os passos estavam sendo executados corretamente. Como exemplos de Ballets Clássicos temos o já citado "O Lago dos Cisnes" e "A Bela Adormecida".

Pintura de Bailarinas feita por Edgar Degas, 1872.